O insucesso e abandono escolares têm sido, desde há décadas, uma das grandes preocupações na União Europeia, identificados como manifestações mais visíveis da problemática da desafetação escolar, e tidos como fatores de exclusão social. Portugal foi, durante vários anos, um dos países onde o insucesso escolar e o abandono precoce da escolaridade tiveram maior expressão; contudo, é também um dos países da UE onde, nos últimos anos, essa tendência negativa tem vindo a ser revertida. De facto, desde a década de 1980, têm vindo a ser desenvolvidas diversas políticas e programas com a finalidade de promover o sucesso educativo e reduzir o abandono escolar. Apesar do reconhecimento de uma tendência de melhoria em vários dos indicadores disponíveis, o insucesso e o abandono escolares continuam a ser encarados como graves problemas em Portugal, que urge continuar a reduzir

É neste contexto que o projeto EDUPLACES se propõe contribuir para a compreensão da complexidade de fatores nos quais se sustenta a inversão da espiral negativa do insucesso e abandono escolares, nomeadamente estudando casos de práticas socioeducativas inclusivas.

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Trata-se de um estudo multi-casos de onze unidades de observação, em quatro municípios portugueses, desenvolvido em três fases/anos, por uma equipa de quinze investigadores. Cada unidade de observação consiste numa prática socioeducativa inclusiva, desenvolvida no contexto de dois programas nacionais direcionados para a inclusão social e para a superação do insucesso e abandono escolares.

Este projeto integra investigadores da Universidade do Minho ‒ CIEd (coordenação), Universidade do Porto ‒ CIIE, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro ‒ CETRAD e Universidade do Algarve ‒ CIEO.

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Esta investigação é financiada por Fundos Nacionais através da FCT - Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projeto PTDC/MHC-CED/3775/2014. É financiada pelo CIEd - Centro de Investigação em Educação, projetos UID/CED/1661/2013 e UID/CED/1661/2016, Instituto de Educação, Universidade do Minho, através de fundos nacionais da FCT/MCTES-PT.